sábado, 2 de maio de 2020

PORTUGUÊS - MAIO 2020

6ºANO 


7ºANO 




8ºANO 



9ºANO 
Nome:                                                                                                série:   9º ano                    nº
Atividade de Língua Portuguesa
Professora :  Daniela Lima
Habilidade –LP 98- Localizar informação explícita em um texto.
Leia o poema abaixo para responder as questões 1 e 2.
Pássaro em vertical
                Cantava o pássaro e voava
 Cantava para lá
Voava para cá
Voava o pássaro e cantava
                                                                              De
 Repente
 Um
 Tiro
 Seco
 Penas fofas
 Leves plumas
 Mole espuma

 E um risco
                                                                                   Surdo
 N
 O
 R
 T
 E
 S
 U
 L
Fonte: NEVES. Libério. Pedra solidão. Belo Horizonte: Movimento Perspectiva, 1965

1. Qual é o assunto do texto:
a) Um pássaro em vôo, que leva um tiro e cai em direção ao chão.
b) Um pássaro que cantava o dia todo.
c) Um pássaro que sonhava com a liberdade.
d) A queda de um pássaro que não sabia voar.
2. De que maneira a forma global do poema se relaciona com o título “Pássaro em
vertical”?
a) A disposição das palavras no texto tem relação com o sentido produzido.
b) As palavras “norte-sul” não foram escritas verticalmente no poema.
c) O fato de que o pássaro possui penas e/ou plumas fofas e leves.
d) O termo vertical pode ser associado ao vôo do pássaro.

3-  Habilidade- distinguir fato de opinião em um texto.
Leia o texto abaixo:
Cerca de 315 milhões de africanos vivem com menos de um dólar por dia – 84 milhões deles estão desnutridos. Um terço da população não sabe o que é água encanada e mais da metade não tem acesso a hospitais. Sem garantias básicas, o continente vira ninho de conflitos de terra, ditaduras e terroristas que podem agir na Europa ou nos EUA. (...) Com tantos problemas, nada melhor que receber ajuda do resto do mundo, certo? Pois é no meio dessa empolgação para fazer a pobreza virar história que o economista queniano James Shikwati grita para o mundo: “Pelo amor de Deus, parem de ajudar a África”.
Fonte: Revista Superinteressante, edição 240- junho;2007,p. 87.
 A parte do texto que mostra opinião é:
a) 315 milhões de africanos vivem com menos de um dólar.
b) Um terço da população não sabe o que é água encanada.
c) 84 milhões deles estão desnutridos.
d) Pelo amor de Deus, parem de ajudar a África.

Leia o texto a seguir e responda as questões 4,5,6:
Sou contra a redução da maioridade penal
A brutalidade cometida contra os dois jovens em São Paulo reacendeu a fogueira da redução da idade penal. A violência seria resultado das penas que temos previstas em lei ou do sistema de aplicação das leis? É necessário também pensar nos porquês da violência já que não há um único crime.
 De qualquer forma, um sistema sócio-econômico historicamente desigual e violento só pode gerar mais violência. Então, medidas mais repressivas nos dão a falsa sensação de que algo está sendo feito, mas o problema só piora. Por isso, temos que fazer as opções mais eficientes e mais condizentes com os valores que defendemos. Defendo uma sociedade que cometa menos crimes e não que puna mais. Em nenhum lugar do  mundo houve experiência positiva de adolescentes e adultos juntos no mesmo sistema penal. Fazer isso não diminuirá a violência e formará mais quadros para o crime. Além disso, nosso sistema penal como está não melhora as pessoas, ao contrário, aumenta sua violência.
 O Brasil tem 400 mil trabalhadores na segurança pública e 1,5 milhão na segurança privada para uma população que supera 171 milhões de pessoas. O problema não está só na lei, mas na capacidade para aplicá-la. Sou contra a redução da idade penal porque tenho certeza que ficaremos mais inseguros e mais violentos.  Sou contra porque sei que a possibilidade de sobrevivência e transformação destes adolescentes está na correta aplicação do ECA. Lá estão previstas seis medidas diferentes para a responsabilização de adolescentes que violaram a lei. Agora não podemos esperar que adolescentes sejam capturados pelo crime para, então, querer fazer mau uso da lei. Para fazer o bom uso do ECA é necessário dinheiro, competência e vontade.
 Sou contra toda e qualquer forma de impunidade. Quem fere a lei deve ser responsabilizado. Mas reduzir a idade penal, além de ineficiente para atacar o problema, desqualifica a discussão. Isso é muito comum quando acontecem crimes que chocam a opinião pública, o que não respeita a dor das vítimas e não reflete o tema seriamente.
 Problemas complexos não serão superados por abordagens simplórias e imediatistas. Precisamos de inteligência, orçamento e, sobretudo, um projeto ético e político de sociedade que valorize a vida em todas as suas formas. Nossos jovens não precisam ir para a cadeia. Precisam sair do caminho que os leva lá. A decisão agora é nossa: se queremos construir um país com mais prisões ou com mais parques e escolas.
Fonte: ROSENO, Renato. Coordenador do CEDECA - Ceará e da ANCED - Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente.

4- Identifique o tema central trabalhado no texto:
a) Desigualdade Social.
b) Maioridade Penal.
c) Preconceito.
d) Violência.

5- Com base na leitura do texto, assinale a alternativa que expressa a opinião do autor e não um fato narrado:
a) O Brasil tem 400 mil trabalhadores na segurança pública e 1,5 milhão na segurança privada para uma população que supera 171 milhões de pessoas.
b) No [ECA] estão previstas seis medidas diferentes para a responsabilização
de adolescentes que violaram a lei.
c) Precisamos de inteligência, orçamento e, sobretudo, um projeto ético e político de sociedade que valorize a vida em todas as suas formas.
d) A brutalidade cometida contra dois jovens em São Paulo reacendeu a fogueira da redução da idade penal.
6- A que gênero pertence o texto lido:
a) Uma entrevista.
b) Um artigo de opinião.
c) Um texto de divulgação científica.
d) Um depoimento pessoal.

 Habilidade-Estabelecer relações entre textos verbais e não verbais.
Texto 1
DIA MUNDIAL DO DIABETES - 14 DE NOVEMBRO
O Diabetes é uma doença crônica que se caracteriza pelo aumento constante dos níveis de glicemia no sangue. Sua incidência tem aumentado em todo mundo pelos hábitos alimentares inadequados, pela obesidade e sedentarismo.

Os sintomas mais comuns do Diabetes são: muita sede, rápida perda de peso, muita fome, cansaço inexplicável, grande vontade de urinar, dificuldade para cicatrização, infecções frequentes, visão embaçada e falta de concentração. Caso apresente um ou mais sintomas, procure orientação médica imediatamente.

No dia 14 de Novembro comemoramos o Dia Mundial do Diabetes, participe da ação que ocorrerá na Estação Sé do Metrô, São Paulo, das 09h30 com previsão de término as 15h30. O exame é gratuito e serão distribuídas 1000 senhas.

Texto2
7-Responda as questões:
Qual a relação entre os textos?
a-      Ambos os textos relatam a importância do consumo de açúcar.
b-      O texto 1 trata dos problemas relacionados ao diabetes e o texto trata da importância do açúcar na vida das pessoas.
c-       Ambos os textos fazem parte de uma campanha em prol da indústria produtora de açúcar.
d-      Ambos os textos refletem a ideia contra o consumo de açúcar, bem como as consequências do abuso do mesmo.
e-      O texto 1 trata do diabetes e a conscientização sobre a doença. O texto 2 trata da ideia de que é possível ignorar o açúcar ao consumir um produto.


8- Em: “Hoje temos uma rede sismográfica no Brasil. São 80 estações atreladas a centros como a USP, o Observatório Nacional e a UnB, mas há locais em que a cobertura não é tão grande.” A conjunção em destaque traz ao período a ideia de
(A) oposição.
(B) explicação.
(C) conclusão
(D) adição.

9- Produção textual. (max de 30 linhas)
Estamos passando por um período diferenciado.  A pandemia da Covid 19 colocou a sociedade contemporânea em situações e comportamentos  incomuns.
Como você avalia a situação atual, e como acha que será o comportamento social de agora em diante?


1ºENSINO MÉDIO

Nome:                                                                                                série:   1º ano –Médio                  nº
Atividade de Língua Portuguesa
Professora :  Daniela Lima
 Habilidade- LP 111 -Estabelecer relações lógico discursivas presentes no texto por meio de elementos de referenciação.

Leia o texto abaixo:
Regime, ginástica e cama
A falta de sono adequado é, definitivamente, um fator de risco isolado para o ganho de peso.
A matemática da perda de peso é simples. O consumo de calorias deve ser inferior ao total de energia gasta pelo organismo. Nos últimos cinco anos, porém, uma série de estudos vem demonstrando que um terceiro fator deve ser incluído na equação do emagrecimento - o sono. Como a má alimentação e o sedentarismo, uma sucessão de noites mal dormidas pode condenar ao fracasso qualquer luta contra a balança.
A pesquisa mais recente e uma das mais intrigantes sobre o assunto foi publicada na revista científica americana Annals of Internal Medicine. Conduzida por médicos da Universidade de Chicago, ela demonstrou que, em períodos de pouco sono, a queima de gordura corporal é 55% menor e a perda de massa magra, 60% maior.
"Perder massa magra significa perder músculos, e isso é ruim porque leva à desaceleração do metabolismo e faz com que a pessoa ganhe peso com mais facilidade", diz o endocrinologista Walmir Coutinho, presidente eleito da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade. Em outras palavras: dormir pouco favorece o efeito sanfona, a grande questão de quem tenta se livrar dos quilos em excesso.
1-No trecho "... e isso é ruim porque leva à desaceleração do metabolismo..." (linhas 10-11), a palavra destacada estabelece uma relação de:
A.                 condição.
B.                  explicação.
C.                  proporcionalidade.
D.                 temporalidade.
2- Transcreva um trecho do texto que indique um fato e um trecho que indique uma opinião.
Habilidade LP110– Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.
3- Leia o texto para responder a questão a seguir.
- Haverá um mapa para este tesouro?
“Diversidade biológica” significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.” (Artigo 2 da Convenção sobre DiversidadeBiológica).
     O Brasil, país de dimensões continentais, sabidamente possui uma enorme biodiversidade,
sendo definida como a maior do planeta. Possuir muito, e de diferentes fontes, ecoa aos nossos sentidos como ter à disposição, ao alcance de todos, um grande tesouro. No entanto, todos sabemos que um grande tesouro escondido em locais inacessíveis, ou mesmo localizado sob os nossos olhos, sem que tenhamos possibilidade de enxergá-la, significa um grande sonho.... e sonhos não costumam tornar-se realidade... podem até evoluir para pesadelos...  
     Assim, fica evidente que o conhecimento científico, embasado em fatos, é essencial para dar suporte a hipóteses que gerem projetos que permitam expandir esses conhecimentos e servir de partida para projetos que permitam a aplicação racional e sustentada dessa riqueza. Todos sabem que a pior atitude é “...matar a galinha dos ovos de ouro...”. Portanto, precisamos saber de onde vêm os ovos, e como cuidar da galinha e fazê-la reproduzir para que possamos transmitir essa riqueza como herança.
Regina Pakelmann Markus e Miguel Trefault Rodrigues. Revista Ciência & Cultura.
Julho/agosto/setembro 2003. p. 20.

O trecho “evoluir para pesadelos...” (l. 12) é um argumento para sustentar a ideia de que:
(A) a biodiversidade do Brasil é imensa e incontrolável.
(B) a má utilização das riquezas naturais causa graves problemas.
(C) a reprodução ostensiva da galinha dos ovos de ouro é problemática.
(D) o maior conhecimento da natureza causa-lhe mais riscos.
(E) o sonho alto das pessoas faz com que sofram muito.

4- ​"Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade.
Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo.
A partir da leitura do texto, podemos inferir que uma língua é:
a) conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior valor social e passa a ser considerada exemplar.
b) sistema que não admite nenhum tipo de variação linguística, sob pena de empobrecimento do léxico.
c) a modalidade oral alcança maior prestígio social, pois é o resultado das adaptações linguísticas produzidas pelos falantes.
d) A língua padrão deve ser preservada na modalidade oral e escrita, pois toda modificação é prejudicial a um sistema linguístico.

Segue o Seco
Marisa Monte
Compositor: Carlinhos Brown
A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca
Segue o seco sem sacar que o caminho é seco
sem sacar que o espinho é seco
sem sacar que seco é o ser sol
Sem sacar que algum espinho seco secará
E a água que sacar será um tiro seco
E secará o seu destino seca
Ô chuva vem me dizer
Se posso ir lá em cima pra derramar você
Ó chuva preste atenção
Se o povo lá de cima vive na solidão
Se acabar não acostumando
Se acabar parado calado
Se acabar baixinho chorando
Se acabar meio abandonado
Pode ser lágrimas de São Pedro
Ou talvez um grande amor chorando
Pode ser talvez um grande amor chorando
Pode ser o desabotoar8 do céu
Pode ser coco derramando.
5-Pela leitura, entende-se que a letra da canção:
(A) exalta a São Pedro, santo conhecido como responsável pelo clima.
(B) refere-se à estação chuvosa que não chega para aliviar o calor.
(C) revela a necessidade de chuva para diminuir o sofrimento.
(D) denuncia a falta de água para matar a sede dos animais.

6- As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto um caráter
(A) informal, pelo uso de expressões como “pra” e “sacar”.
(B) culto, pelo uso de imagens metafóricas inusitadas.
(C) formal, pelo uso de palavras como “sacar” e “derramar”.
(D) regional, pela referência ao clima seco do sertão.

 Leia o poema para responder as questões.

 No meio do caminho
Carlos Drummond de Andrade

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

MORICONI, Ítalo (organizador). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2001. p. 71.
7-A ambiguidade no poema deve-se ao uso da expressão “pedra no meio do
caminho”, com duplicidade de sentido, pois o leitor a interpreta como:
(A) sucesso no trajeto.
(B) dificuldade infinita.
(C) tristeza no mundo.
(D) saudade do amor.
(E) obstáculo na vida.
8- No poema, verifica-se o uso informal da língua portuguesa com o emprego do:
(A) verbo “esquecer” em vez de “abandonar”.
(B) substantivo “meio” no lugar de “metade”.
(C) substantivo “pedra” no lugar de “rocha”.
(D) verbo “ter” no lugar de “haver”.
(E) substantivo “caminho” em vez de “vida”.

9- Constata-se a ideia de que o eu lírico está cansado de ser impedido de ser feliz,
pelo uso do adjetivo, em:
(A) “Nunca me esquecerei que no meio do caminho”.
(B) “Nunca me esquecerei desse acontecimento”.
(C) “Na vida de minhas retinas tão fatigadas”.
(D) “Tinha uma pedra no meio do caminho”.
(E) “No meio do caminho tinha uma pedra”.



2ºENSINO MÉDIO


Nome:                                                                                                série:   2º ano-médio                     nº
Atividade de Língua Portuguesa
Professora :  Daniela Lima

Canção do vento e da minha vida
Manuel Bandeira
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.
O vento varria as luzes
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de cânticos.
O vento varria os sonhos
E varria as amizades.
O vento varria as mulheres.
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
BANDEIRA, Manuel. Canção do vento e da vida. In: Estrela da Vida Inteira Poesia Completa. 5.
ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. p.175-176.
1-Há um adjetivo utilizado, com duplo sentido, que traz ambiguidade aos versos,
em:
(A) “O vento varria os meses/E varria os teus sorrisos...”
(B) “E a minha vida ficava/cada vez mais cheia”
(C) “O vento varria os sonhos/E varria as amizades”
(D) “E varria os teus sorrisos.../O vento varria tudo!”
(E) “O vento varria as folhas/ O vento varria os frutos”




2-No poema, o uso dos verbos no pretérito imperfeito do indicativo reforça a ideia de que:
(A) o eu lírico estava satisfeito com tudo o que vida lhe trazia.
(B) as mudanças sempre ofereciam boas possibilidades na vida.
(C) os acontecimentos vividos pelo eu lírico tinham final incerto.
(D) a reação do eu lírico era de tristeza diante dos fatos da vida.
(E) o tempo era responsável por apagar a memória do eu lírico.

3-No poema, destacam-se as seguintes ideias principais
(A) Ação do tempo e cansaço da vida.
(B) Vida intensa e tristeza de ser solitário.
(C) Remorsos e momentos de lembranças.
(D) Sofrimento e saudade de amizades.
(E) Circunstâncias da vida e da morte.

Proposta de renda mínima universal é cercada de polêmica [...]

 O conceito de uma renda básica universal vem sendo tema de discussão entre
filósofos, economistas e políticos durante séculos, sempre cercado de muita polêmica.
Um dos fundadores dos Estados Unidos, o economista britânico Thomas Paine,
propôs ─ em um ensaio chamado Justiça Agrária, de 1797 ─ a tributação de
grandes propriedades fundiárias, de modo que cada indivíduo recebesse uma
“subvenção de capital” que lhe permitiria “fugir à indigência e exercer os direitos
declarados universais”.
Já em 1853 o filósofo francês François Huet defendia tais transferências de
renda sem contrapartidas para todos os jovens adultos, que seriam financiadas
por impostos sobre heranças e doações.
Mais recentemente, economistas de renome, como o americano Joseph Stiglitz
e o francês Thomas Piketty, engrossaram o coro pela aprovação de uma renda
mínima universal.
Os partidários do sistema garantem que o benefício reduziria a desigualdade,
ajudaria os desempregados e quem se dedica a cuidar de familiares sem ser
remunerado, e equilibraria o aumento da automatização do trabalho.
Por outro lado, seus críticos afirmam que o pagamento regular feito pelo Estado
desencorajaria as pessoas a trabalhar e, assim, prejudicaria a economia,
fomentando a pobreza.
Mas segundo um estudo publicado em 2011 por Evelyn L. Forget, professora
de Economia da Universidade de Manitoba (Canadá), o pagamento de uma
renda básica a todos os cidadãos de Dauphin, durante o experimento conduzido
na década de 70, reduziu a pobreza e amenizou vários outros problemas
socioeconômicos.
Paralelamente, em vários países do mundo, incluindo muitos latino-americanos,
há movimentos que pressionam com mais ou menos sucesso para que os
salários mínimos se tornem salários dignos.
“A criação do salário mínimo foi uma tentativa de criar um nível básico de
ingresso”, diz Linda Yueh, professora adjunta de Economia na London Business
School, na Inglaterra.
“A renda básica universal e o salário mínimo digno são ideias similares, mas a
renda básica vai mais longe pois trata de assegurar que todo mundo tenha um
nível mínimo de rendimento para poder viver”, acrescenta ela.

Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/internacional-38489876>.
Acesso em: 03 de janeiro de 2017. (adaptado)

4- Há uma opinião divergente sobre a proposta de uma renda básica mínima
universal apresentada no texto em:
(A) “[...] o filósofo francês François Huet defendia tais transferências de renda
sem contrapartidas para todos os jovens adultos, financiadas por impostos sobre heranças e doações”.
(B) “[...] o americano Joseph Stiglitz e o francês Thomas Piketty, engrossaram o coro pela aprovação de uma renda mínima universal”.
(C) “[...] o pagamento de uma renda básica a todos os cidadãos de Dauphin, [...] reduziu a pobreza e amenizou vários problemas socioeconômicos”.
(D) “[...] o pagamento regular feito pelo Estado desencorajaria as pessoas a trabalhar e, assim, prejudicaria a economia, fomentando a pobreza”.
(E) “[...] o benefício reduziria a desigualdade, ajudaria os desempregados e quem se dedica a cuidar de familiares sem ser remunerado,[...]”.

5- O texto foi escrito para:
(A) habitantes de países que oferecem renda mínima a adultos jovens trabalhadores.
(B) leitores de matérias jornalísticas na internet, com interesse no assunto, em qualquer parte do mundo.
(C) pessoas interessadas em conhecer leis trabalhistas de países com altos índices de desemprego.
(D) público especializado em assuntos relacionados a estudos sobre renda básica e salário mínimo na América Latina.
(E) trabalhadores à procura de complementar suas rendas, com a ajuda dos governos.

6- Em: “A renda básica universal e o salário mínimo digno são ideias similares, mas
a renda básica vai mais longe pois trata de assegurar que todo mundo tenha um
nível mínimo de rendimento para poder viver”, a conjunção em destaque “mas
é um organizador textual que:

(A) reforça o fato apresentado na oração anterior.
(B) destaca a consequência do que já foi afirmado.
(C) introduz uma ideia contrária ao que foi dito antes.
(D) acrescenta uma condição à explicação anterior.
(E) estabelece relação de causa entre as orações.

7-A discussão sobre a implantação de uma renda básica universal, há séculos, está cercada de polêmica, pois:
(A) interesses de grandes grupos econômicos prevalecem sobre a maioria da população carente.
(B) necessidades das classes mais favorecidas devem ser supridas com o fruto de seu trabalho.
(C) estudos comprovam que a pobreza diminui quando as pessoas procuram trabalho.
(D) problemas sociais causam transtornos econômicos quando os governos redistribuem a renda.
(E) rendimentos mínimos garantem ao governo mais arrecadação de impostos.

 MESES FAZENDEIROS

Celiazinha no colo da Maria portuguesa abria primeiros olhos para a vaca da escada matinal e depois passo a passo para o pomar dos trópicos inchados. [...]
E os dias ronronavam a máquina surda de café com o sustenido nostálgico da serraria araponga.
 Colônia bodes botados hóspedes rústicos na manhã. Meios porcos invadindo telhas vãs de cozinha com jabuticabas e gatos
esfomeados.
Siás donas e lentidões de negros.
Italianos de pé no chon e santuários empetecados e milagrosos.
E homens e mulheres a pé e a cavalo nas estradas enferrujadas pelo sol
lavrador. [...]

ANDRADE, Oswald de. Memórias sentimentais de João Miramar. [Rio de Janeiro] Civilização
brasileira. 3ª edição[1971] “

8-No trecho, a descrição do ambiente na fazenda sugere aspectos sonoros, que
compõem o cenário, em:
(A) “Celiazinha no colo da Maria portuguesa [...]”.
(B) “[...] com o sustenido nostálgico da serraria araponga.”.
(C) “[...] santuários empetecados e milagrosos.”.
(D) “Meios porcos invadindo telhas vãs de cozinha [...]”.
(E) “E homens e mulheres a pé e a cavalo nas estradas [...]”.

9-Em: “Siás donas e lentidões de negros. Italianos de pé no chon e santuários
empetecados e milagrosos.”, as expressões em destaque (Siás/chon) foram
usadas para caracterizar, respectivamente:

(A) o modo de escrever tais palavras populares na região Sul do Brasil.
(B) a pronúncia das palavras “sinhá” e “chão” pelos imigrantes italianos de São
Paulo.
(C) os falares dos ex-escravos e dos imigrantes italianos na fazenda.
(D) as formas incorretas de se expressar no interior de São Paulo.
(E) o jeito de se referir às mulheres e aos italianos na região Sudeste do Brasil.

10- A alternativa que possui uma antítese é:
a)  Ele subiu no telhado nessa madrugada.
b)  O vento sussurrava na noite fria.
c)  Estou morrendo de medo.
d)  Os bobos e os espertos convivem no mesmo espaço.
e)  Ela morou ali durante dois meses, e ele, durante vários anos.

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